36 – Sem Atenção (Quando as Nuvens Dançam – Reflexões de Quarta-feira)

Para um pouquinho. Olha em volta de você. Provavelmente, tudo ao seu redor é profundamente familiar, inclusive as situações que você está vivenciando. Claro que acontecem contratempos, dificuldades inesperadas, até mesmo tragédias que pedem um grande esforço para serem superadas. Contudo, no dia a dia, a maioria dos obstáculos tende a se repetir em versões ligeiramente distintas. Cada interação com as pessoas e o mundo pode ser uma oportunidade ou uma fatalidade em que nós mesmos nos condenamos.

É preciso prestar muita atenção. É o tom da voz, a escolha das palavras, o peso dos gestos, a intensidade do olhar, a intenção da expressão, qualquer que seja ela. Tudo conta, tudo isso é você e sua capacidade de piorar ou melhorar onde você está exatamente agora. Cada movimento seu cai na realidade e provoca ondas que apaziguam ou propagam a dor. Cada pensamento, nutrido e expressado, é semente do que está por vir e compõe a dança do momento.

Sem atenção, você é a repetição do que já foi pensado, falado e vivenciado. Sem atenção, você espelha e espalha a discórdia e a infelicidade. Sem atenção, você não passa de um eco de todos os outros. Contrariedades são naturais, fazem parte do processo, pedem para ser resolvidas. Mas aí chegamos nós e multiplicamos os problemas, sem perceber e sem querer, eternamente prisioneiros da inconsciência. Ou não.

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