Por isso

Quando eu era pequena, acreditava que a natureza falava comigo. A ondinha do mar que beijava os meus pés, o farfalhar das folhas de uma árvore quando eu a tocava, a nuvem que se transformava em coração no exato momento em que eu a contemplava, o raio da lua que atravessava o mar para chegar até mim, um bicho que de repente cruzava o meu caminho. Eram sinais de uma linguagem superior. Na verdade, ainda acredito nisso. Estou convencida de que tenho uma relação com a existência. Pode parecer loucura, mas tudo bem. Cada um tem que achar a sua forma única e intransferível de lidar com o dia a dia. Afinal, viver não é fácil, pelo contrário. Mas pode ser surpreendente.

Por isso, escrevo.

Escrevo para viver e ajudar a viver.
Escrevo para a vida, porque ela me escreve todos os dias, em cada momento e em cada movimento.
Escrevo para as pessoas – porque elas são como eu: cada dia é um sonho que sonhamos juntos.

E você? Como se comunica com o mundo ao seu redor, como experimenta o sagrado, como dá sentido ao momento?

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