37 – Grãos de Estrelas (Quando as Nuvens Dançam – Reflexões de Quarta-feira)

Eu tenho os pés na areia

E ela me ensina

Que o mar está logo ali, sou eu

Que os castelos são lindos

Mas não duram, não duram

Vêm e vão com as ondas

Momentos, sonhos, pensamentos

Eu mesma e minha vida

Agora aqui, amanhã quem sabe?

Portanto, não vale a pena se chatear

Não há tempo para reclamar

Parecem complicadas, as relações

Pois bem, é hora de descomplicar

De cessar fogo, de decidir mudar

Ser a mudança que queremos ver

Não basta só falar, tem que fazer

Apagar o incêndio e plantar

A versão mais elevada

O sonho mais ousado

Que podemos conceber

Não mais desperdiçar

Os minutos, as horas 

Que não mais vão voltar

Tantos grãos, tão diferentes

Todos uma coisa só

Vastidão que canta

Movimento das marés

Corpos de espuma

Diamantes ondulantes

Em todos os lugares

Em um único lugar

Somos partícula, somos imensidão

Minúsculos e universais, você e eu

Somos mais

Ser: o grande no pequeno

Ver: o pequeno no grande

Desabrochar.

Querer e poder abraçar

O sol, a lua, as estrelas

A terra, o céu e o mar
O precioso instante em nós 

Grãos de um novo pensar