A floresta sou eu, eu sou a floresta. E você também. Você pode amar a floresta e ser amado por ela, ou destruir a floresta e ser destruído por ela. O fogo que você atiça é o mesmo que te mata.
Não é vingança, é lei natural, é sofrer daquilo que nos faz mal, mesmo que sejamos nós a raiz do sofrimento. Não há clemência no que simplesmente é, quando algo foi feito está feito, é o movimento da causa e do efeito.
A floresta em nós é sagrada, nela tudo está cheio de vida que pede para ser respeitada. Cada passo exige atenção e cuidado, e ai daquele que anda desatento e dá um passo mal dado.
No coração da floresta tudo começa e acaba em agradecimento, nada existe sem que exista o resto. Viver plenamente é agradecer totalmente, por cada instante vivido, pela ausência e onipresença do sentido, onde quem escolhe a gratidão é também escolhido.
Ser floresta é sobre tudo que é grandioso, sobre ancestralidade, diversidade e conectividade, sobre a alma gloriosa e a calma perigosa. É o início e é o fim, é o sempre e é o agora. É o Grande Espírito no inseto ordinário, na árvore centenária, no rio que busca o mar, na arte de mudar.
Ser floresta somos nós e nossa decisão de ser floresta.