(Quando as Nuvens Dançam – Reflexões de Quarta-feira)
Minha irmã é linda, como só ela sabe ser.
Ela ainda me segura, mesmo sem segurar.
Ela me ama e se preocupa comigo, mesmo de longe, mesmo sem a gente se ver por semanas e meses a fio.
E eu a amo e me preocupo com ela.
Hoje, conhecendo o custo das horas, o valor do tempo, me emociona saber que a gente tem algo de tão precioso.
Hoje é o dia dela, mas ela sempre esteve em todos os meus dias.
E eu gostaria que ela soubesse que meu coração continua nos braços dela, com a mesma confiança e a mesma entrega, com a mesma admiração da irmã bebê que acha a irmã mais velha a pessoa mais incrível do mundo, com o passar dos anos que apagam as diferenças de idade, abrem mundos e cabeças, nos ensinam em quem vale a pena confiar, com quem podemos falar, chorar e rir junto, sem medo, sem medo, e que também o coração dela está seguro comigo e jamais nos deixaremos cair.
E se acontecer de cairmos, bem, vai doer muito, e vamos tentar de tudo para nos ajudarmos a levantar.
Porque o amor existe e ele está aqui, neste abraço de almas.
Na certeza calma de quem sabe o que é ser uma irmã, mais do que ter uma irmã, essa presença invisível, mas real e tangível, que a gente vai tecendo ao longo de toda a caminhada. Um espaço sagrado, tecido a quatro mãos.
Um altar só nosso, onde uma reverencia a outra.
Eu te apoio, você me apoia. Talvez mais do que achávamos possível na distância e menos do que desejaríamos. Mas aqui estamos.
Um pedacinho de lar, independente do lugar.
Um amparo, um aconchego, e muito, muito amor.
Amor que só cresce. Sem início e sem fim.
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